Consumada em 2002 a chegada a Oliveira de Azeméis do ensino superior privado, Ápio Assunção não descansou enquanto não conseguiu ter cá também o ensino superior público.
A Universidade de Aveiro, já com um polo em Águeda, começou a manifestar intenções de se estender também ao norte do distrito com o ensino superior politécnico que respondesse às necessidades de formação reclamada pelas empresas.
Começou aí uma disputa feroz entre vários Municípios do Entre Douro e Vouga e não só, nomeadamente Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Ovar. Todos pretendiam conquistar a simpatia da UA porque consideravam estruturante para os seus territórios a instalação da Escola.
Ápio Assunção, conhecendo bem o terreno em que se movia, colocou em campo todos os trunfos: o peso da área empresarial de Oliveira de Azeméis, a boa localização e a disponibilidade total do seu executivo.
Prontamente Oliveira de Azeméis se predispôs a encontrar e doar o terreno. O primeiro espaço apontado foi a Quinta dos Borges (agora adquirida pelo Município para parque da cidade). Mas os responsáveis da Universidade de Aveiro não gostaram do local; queriam um outro mais central para vários concelhos, mais próximo das unidades industriais, com melhores acessibilidades. Foi quando surgiu a hipótese da Quinta do Comandante, entre Santiago
de Riba-Ul e S. Roque, perto de Cucujães e a dois passos do nó do IC2. Esta sim foi uma proposta muito bem acolhida. O Município adquiriu os 139 mil metros quadrados de terreno por um milhão de euros e com isto ganhou a corrida.
Mas havia ainda mais barreiras por saltar. Começava a equacionar-se a diminuição dos cursos superiores, muitos já sem alunos. O Governo travou as pretensões da Universidade de Aveiro e o processo marcou passo.
De novo em campo, agora com os seus contactos políticos e a força da indústria local, Ápio Assunção provou que este não era o ensino superior que no futuro “ficava às moscas”. Era de formação técnica que tínhamos necessidade.
De novo este Presidente da Câmara levou de vencida os obstáculos, conseguindo ver criada em Oliveira de Azeméis a Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias de Produção de Aveiro Norte através do Dec-Lei nº 217/2004.
A nova escola começou por funcionar num piso do edifício Raínha, alugado pela Câmara, depois estendendo-se a mais do dobro noutro piso do mesmo edifício, até à construção das atuais instalações no Campus do Cercal, na adquirida Quinta do Comandante.