Ápio Assunção foi um humanista. Na sua vida privada ou na sua vida pública era incapaz de virar as costas a quem lhe estendia a mão. Homem humilde, quando ascendeu a cargos de chefia soube manter a proximidade com aqueles que foram seus pares e, quando em cargos públicos, prestou a maior atenção a todos os trabalhadores, independentemente da sua condição.
Numa altura em que o número de colaboradores era já da ordem das várias centenas, dispersos por inúmeras tarefas e locais de trabalho, preocupou-se em aproximá-los fomentando um espírito de família.
Os jantares de Natal foram pretexto para sentar à mesma grande mesa o técnico de informática e o cantoneiro ao serviço de uma junta de freguesia, o diretor de departamento e o mais indiferenciado auxiliar de serviços gerais.
Evocar a obra imaterial de Ápio Assunção, ao nível social, dentro da estrutura municipal, é um ato de justiça que muitos colaboradores autárquicos de há 20 anos recordarão com saudade e reconhecerão como pioneira.